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Audiência define situação em Marabá

No próximo dia 5 de novembro, os representantes dos diversos segmentos sociais de Marabá vão definir em audiência pública o futuro da concessão do serviço de saneamento e distribuição de água em Marabá. É que o contrato do município com a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) está vencido desde 2011 e o prefeito João Salame já deixou claro que não renovará automaticamente o contrato com a estatal.

O motivo é simples: o órgão do governo do Estado foi sucateado e nunca conseguiu atender à demanda de Marabá, deixando a população sem água tratada na quantidade suficiente.Nessa audiência do dia 5 será concluído o edital de licitação para a concessão do serviço em Marabá e publicada a concorrência pública. Anteriormente foram realizadas cinco audiências para formatar o Plano Municipal de Saneamento Básico.

Esta última ação já deveria ter sido realizada no dia 26 de agosto, mas um protesto feito por alguns representantes do Sindicato dos Urbanitários impediu a realização do evento, que foi remarcado para novembro. Por enquanto, o Sindicato é a única entidade que luta pela manutenção a Cosanpa como concessionária do serviço em Marabá, indo de encontro à vontade da maioria dos consumidores.

O Sindicato entende que a prefeitura quer privatizar o serviço, mas não é isso que diz o edital. Até mesmo a Cosanpa, caso vença a licitação, poderá continuar fazendo o serviço, desde que seja de uma forma mais profissional, que não penalize tanto a população, com metas a serem cumpridas e prazos para isso.

Outra coisa que pode ocorrer é que o serviço passe a ser feito por alguma empresa de fora, que ofereça o menor preço. Mas isso ocorreria de forma terceirizada, com contrato por tempo determinado, oque não caracteriza privatização.Segundo o prefeito João Salame, a audiência será justamente para ouvir a sociedade antes de tomar qualquer decisão. “Se o povo estiver satisfeito e disser que é para renovar o contrato nas mesmas condições, a gente renova, mas se o povo disser ‘não estamos satisfeitos, queremos outro contrato com outras condições, com tarifa razoável, barata para quem não pode pagar’, esse é o caminho que a gente vai seguir.

O prefeito ainda alfinetou a postura do sindicato, que está indo contra o clamor dos consumidores: “Queremos audiência pública para isso e não para privatizar a Cosanpa. É uma estupidez o que estão dizendo”.

(DOL, com informações da Sucursal)

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