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Balanço patrimonial de Casan é positivo após recorde de investimentos

Se 2014 foi um ano de racionamento de água e crise financeira para muitos brasileiros, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) não tem do que reclamar. O balanço patrimonial da concessionária de saneamento básico que cuida de 197 municípios catarinenses mostra que a empresa teve um lucro líquido de quase R$ 75 milhões no ano passado, um crescimento de 78% em relação ao ano anterior. Além disso, o documento apresentado revela que a companhia investiu R$ 181,5 milhões na expansão de serviços durante o ano de 2014.

Para Arnaldo Venício de Souza, diretor administrativo da Casan, o balanço positivo é resultado do aumento dos investimentos feitos pela concessionária. No entanto, o principal gargalo operacional da empresa ainda permanece pendente.

— Fizemos muitas mudanças na infraestrutura desde o começo de 2014 e isso se reverteu em bons números para a empresa. Há outros desafios pela frente, como algumas regiões do litoral do Estado e em Chapecó. Mas a Casan já tem um bom planejamento — diz o diretor administrativo.

Especialista em Economia e Gestão Estratégica de Empresas, a professora Janypher Marcela Inácio, da Univali, comenta os números apresentados à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no começo desta semana:

— O crescimento nas vendas e no resultado bruto demonstra uma melhora na posição da empresa no mercado.

O plano de investimentos citado por Arnaldo Venício leva em consideração os fundos internacionais, como o da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), que juntas disponibilizaram mais de R$ 700 milhões para saneamento básico em Santa Catarina. Além disso, a Casan conta com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. No total, até 2017, a companhia tem que aplicar R$ 1,7 bilhão em melhorias de infraestrutura.

— Todo esse recurso dos fundos já está com destino certo, a maior parte em obras de saneamento. Essa postura de melhorar cada vez mais é atraente para quem investe no mercado financeiro — defende Arnaldo Venício.

Acordo judicial ajuda a inflar lucro líquido da Casan

Os números divulgados pela empresa foram considerados expressivos para especialistas, principalmente a diferença no lucro líquido entre 2013 e 2014. O relatório da VGA Auditores Independentes, anexado ao balanço patrimonial da Casan, cita que um acordo judicial firmado entre a concessionária e a Fundação Casan (Fucas), de dezembro de 2013, que resultou em R$ 56,5 milhões a mais no caixa da empresa. Essa ajuda financeira foi minimizada pelo diretor administrativo:

— É natural incluir alguns ganhos de acordos judiciais no balanço patrimonial. Nesse caso com a Fucas, os gastos em anos anteriores também foram provisionados por causa do impasse judicial.

Entre os dados apresentados pela empresa, estão 47 obras em andamento em 31 municípios do Estado. Algumas já deveriam ter sido concluídas em anos anteriores. O principal caso é o do aparelho de floco decantador na estação de tratamentos e água Morro dos Quadros, em Palhoça, que deve garantir uma produção adicional de 1 mil litros por segundo — equivalente para atender uma população de 300 mil habitantes. A obra, prevista para agosto de 2014, foi prorrogada para o segundo semestre de 2015.

Fonte: Diário Catarinense

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