A CAB Cuiabá, subsidiária da CAB Ambiental, fechou um contrato de financiamento de longo prazo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor total de R$ 327,5 milhões. Segundo informou a empresa em fato relevante, o contrato tem como objetivo a modernização e expansão dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá (MT).
O primeiro desembolso dos recursos será no valor de R$ 201 milhões, e a vigência do contrato é de 18 anos, com vencimento em 15 de setembro de 2032.
Segundo apurou o Valor, o financiamento já vinha sendo avaliado há cerca de um ano e dá um importante reforço para os investimentos necessários para Cuiabá. Além disso, contribui para uma melhora da estrutura de capital da CAB, empresa de saneamento do Grupo Galvão.
A CAB pode receber um aporte da GP Investments, segundo reportagem do Valor publicada na quarta-feira, no valor de aproximadamente R$ 300 milhões. A transação ainda está em negociação e, caso se efetive, dará outro reforço à companhia.
Em esclarecimento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CAB Ambiental afirmou ontem que desconhece a fonte da informação sobre o aporte, mas afirmou que está avaliando alternativas nesse sentido. “Esclarecemos que estamos analisando oportunidades para o fortalecimento de capital destinado à realização de investimentos em nossas operações”.
A companhia disse que desconhece a fonte ou a origem das informações publicadas e que não há, no momento, fato relevante a ser comunicado ao mercado a respeito do assunto.
A CAB também tem operações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Alagoas. Com 18 contratos de longo prazo, a companhia atende cerca de 6,6 milhões de pessoas.
No ano passado, registrou uma receita líquida de R$ 487,1 milhões e resultado operacional (Ebitda) de R$ 105,9 bilhões e lucro de R$ 19,6 milhões. Terminou 2013 com uma dívida financeira bruta de R$ 875,9 milhões e com dívida líquida de R$ 749,7 milhões. A relação de dívida líquida sobre Ebitda era de 7,08 vezes.
Ao fim do primeiro semestre deste ano, a empresa divulgou uma dívida bruta de R$ 985,1 milhões, sendo 55% do total com vencimento a longo prazo. E uma dívida líquida de R$ 929,4 milhões, sete vezes o Ebitda ajustado.
Além do grupo Galvão, que detém 67% de suas ações, a CAB também tem como acionista a BNDESPar, com 33%. Segundo apurou o Valor, já há conversas da companhia com a Aegea, empresa de saneamento do grupo Equipav, para uma possível fusão das duas empresas no ano que vem. Procuradas, as companhias não comentam o assunto.