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CAB Cuiabá rompe com Galvão Engenharia

Para desmistificar as insinuações e especulações políticas que acabam influenciando o mercado de ações, o Conselho da CAB Ambiental, empresa titular da CAB Cuiabá que tem a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá pelos próximos 27 anos, decidiu fechar seu capital.

O Conselho da CAB Ambiental autorizou a diretoria da companhia a rescindir todos os contratos de engenharia, suprimento e construção (EPC, em inglês) com a Galvão Engenharia, que está em recuperação judicial, após entrar em dificuldades financeiras com seu suposto envolvimento nas investigações da Operação Lava Jato.

A informação foi publicada no jornal Valor e acaba trazendo luz às declarações do diretor-geral da CAB Cuiabá, Antônio Dallalana, que falando aos vereadores de Cuiabá, lembrou que a CAB Ambiental é uma empresa independente, mesmo pertencendo ao grupo Galvão, mas sem ligações comerciais ou financeiras.

O Conselho da CAB Ambiental recomendou o fechamento de capital da empresa de saneamento, como forma de preservação do seu valor comercial, já que a mesma é listada no Bovespa Mais, nível de acesso da BM&FBovespa.

“Tendo em vista o atual momento, o conselho considera que a manutenção da companhia no mercado de capital aberto não traz nenhuma vantagem, somente gerando custos que não podem ser arcados neste momento e criando exposição desnecessária das dificuldades”, registrou o colegiado em ata de reunião realizada no último dia 08 e arquivada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O próprio Valor Econômico já havia trazido informações de que o Grupo Galvão estaria buscando compradores para sua parcela na CAB Ambiental, sendo que existirão propostas para 16 empresas do grupo, inclusive Cuiabá, mas que não teria se construído um valor que atendesse tanto aos compradores quanto aos vendedores.

Antônio Dallalana sinalizou aos vereadores que apesar da crise do Grupo Galvão, a CAB Ambiental da qual faz parte a CAB Cuiabá teria amplas condições para cumprir suas metas em relação aos investimentos nas obras de abastecimento de água e de captação e tratamento do esgoto sanitário.

O fechamento do capital da CAB Ambiental pode ser a sinalização para eventuais novos compradores para o grupo que além de assumir as empresas teria que manter o nível de investimento para atender à demanda existente numa cidade como Cuiabá que cresce mais de 7% ao ano.

 

 
Fonte: Diário de Cuiabá

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