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Copasa antecipa projeto de R$ 500 milhões

Diante do baixo nível dos reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o projeto de ampliação da adutora do sistema de produção Rio Manso, um dos mais importantes da Grande BH, foi antecipado, mediante aporte de R$ 500 milhões. E a oferta de água será aumentada em 300 litros por segundo, o que equivale a uma expansão de 10% na capacidade de produção a partir da primeira semana de novembro. A ideia inicial era realizar as alterações apenas depois de março, segundo o presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Ricardo Augusto Simões Campos.

“A ampliação da capacidade do sistema Rio Manso já estava prevista. Mas as chuvas não vieram em janeiro e fevereiro como esperado. Então, buscamos fazer com que a adutora entrasse o mais rápido possível em operação.  uma medida de antecipação de investimento”, explicou.

As obras estão sendo realizadas por meio de contrato de parceria público-privada (PPP) firmada entre a Copasa e a Odebrecht Ambiental, braço de saneamento do grupo Odebrecht. O contrato foi fechado em dezembro de 2013 e as obras iniciadas em janeiro deste ano.

A etapa que será concluída na próxima semana é apenas a primeira e corresponde à duplicação de 4,5 quilômetros da adutora, que ampliará em 300 litros por segundo a oferta de água tratada na RMBH. Ao final de todo o processo de expansão do sistema, passará por essa mesma intervenção um trecho equivalente a 16 quilômetros da adutora.

Também será construída uma central geradora de energia, além de reservatórios com capacidade total de 45 mil metros cúbicos. Ao fim, a produção total do sistema subirá de 4 metros cúbicos por segundo para 5,8 metros cúbicos por segundo. Será necessário, ainda, ampliar a estação de tratamento de água (ETA), bem como das elevatórias de água bruta e água tratada. “As obras aumentam a flexibilidade do sistema”, disse o presidente da Copasa.

Paralisação – Para realizar as obras na adutora, no próximo sábado o fornecimento de água pelo sistema Rio Manso será suspenso, atingindo vários bairros da Grande Belo Horizonte, que abrigam uma população estimada em 1,6 milhão de pessoas. Segundo a Copasa, serão afetados bairros em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ibirité, Igarapé, Mário Campos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo e Vespasiano.

Mesmo diante da antecipação da obra emergencial, que deve garantir o abastecimento da região metropolitana, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, nega a possibilidade de racionamento no município. “Apesar do volume médio dos reservatórios estar a 40% da capacidade, não há possibilidade de crise de abastecimento. Mas a questão da economia de água é importante, porque não é um bem inesgotável, apesar de Minas Gerais ser considerada a Àcaixa d”água do país”. Essa água precisa ser tratada e não está de graça na natureza”, afirmou.

Apesar de admitir a necessidade de se reduzir o consumo, o prefeito não acredita que campanhas de conscientização surtam efeitos. E afirma que a prefeitura não conseguiria punir a população, devido à impossibilidade de se fiscalizar. “A capacidade de fiscalização é reduzida dado o enorme número de pontos de desperdício. Seria uma medida de difícil aplicação”, disse, se referindo a possibilidade de aplicar multas sobre o desperdício.

Fonte e Agradecimentos pelo envio da matéria: http://www.diariodocomercio.com.br/

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