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Copasa realiza coletiva de imprensa

O diretor-presidente da Copasa, Ricardo Augusto Simões Campos, concedeu entrevista coletiva no Centro de Operação de Sistemas (COS), na última terça-feira (28/10), na sede da empresa em Belo Horizonte. Com presença do prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda, durante o encontro, o presidente da Copasa apresentou o sistema de abastecimento de água da região metropolitana e em seguida esclareceu as dúvidas  dos jornalistas, que representavam praticamente todos os veículos da capital. O prefeito também conversou com os repórteres e esclareceu diversas questões relacionadas ao assunto.

“Nossos sistemas são integrados, por meio da Linha Azul. Podemos transportar água do sistema Rio das Velhas para a região do sistema Bacia do Paraopeba e vice-versa. Dessa forma, temos condições de fazer o abastecimento pleno da Região Metropolitana de Belo Horizonte. E no COS somos capazes de fazer a operação de todo esse sistema como, por exemplo, operar elevatórias e reservatórios e abrir e fechar as grandes válvulas, sem necessidade de ir a campo. Isso dá ao sistema maior flexibilidade operacional e visão sistêmica”, afirmou Ricardo Simões.

O presidente ressaltou o período de estiagem histórico registrado em 2014. “Passamos por um período que marca novos pontos históricos de estiagem em massa, mas a disponibilidade de água nos reservatórios ainda garante o abastecimento da RMBH. Felizmente, atingimos o final do período de estiagem e a tendência é que as chuvas apareçam de forma mais frequente. Porém, precisamos ter atenção ao uso racional da água. Não é para apavorar e nem para relaxar”.

O prefeito de Belo Horizonte também destacou a importância do consumo consciente da água. “Agora que iniciou o período de chuva, é esperado que o nível dos mananciais voltem à normalidade. Mas o uso consciente da água é sempre importante, porque não é um bem inesgotável. Apesar de Minas Gerais ser considerada caixa d’água do País, a água precisa ser captada e tratada, além da necessidade de investimento em reservatórios ser proporcional ao crescimento do consumo. A campanha então tem que ser no dia-a-dia, com todos nós alertando às pessoas sobre a importância do uso consciente”.

Abastecimento RMBH
A produção de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) continua normal nos sistemas da bacia do Rio das Velhas e do Paraopeba, sendo este último composto pelos sistemas Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores. A empresa aumentou sua produção média de água em 5% e, hoje, está trabalhando com sua capacidade máxima de produção, de cerca de 1,3 bilhão de litros por dia, o que tem garantido o abastecimento nas cidades atendidas pela empresa na região.

Até o momento, não há risco de desabastecimento na RMBH. Porém, durante o período de estiagem ou poucas chuvas, qualquer paralisação de rotina que interrompa durante algumas horas o abastecimento de água, para correções de vazamentos ou manutenções nos sistemas, são imediatamente percebidas pelos clientes, o que não caracteriza qualquer tipo de racionamento. Além disso, a distribuição de água é caracterizada pela integração de vários sistemas de produção de água, entre eles os das bacias do Velhas e do Paraopeba, que juntos respondem por aproximadamente 90% do abastecimento da região metropolitana.

A Copasa está em alerta permanente, uma vez que a vazão dos mananciais caiu significativamente em relação às médias esperadas para este período. As barragens do sistema Paraopeba, mesmo com as chuvas dos últimos dias, continuam 30% abaixo do volume esperado para o período. Já o nível das águas do Rio das Velhas está praticamente recuperado com as últimas chuvas.

Linha Azul
Para possibilitar maior flexibilidade operacional entre os dois maiores sistemas de produção de água – bacia do Rio das Velhas e do Paraopeba, a Copasa implantou 22 quilômetros de redes adutoras de 1.200 milímetros de diâmetro que permite a transferência de até 121 milhões de litros de água tratada por dia de um para o outro.

Centro de Operações de Sistema (COS)
A Copasa ainda mantém um sistema de monitoramento 24 horas por dia de toda a malha de redes de água com diâmetro maior e igual a 200 milímetros de diâmetro na RMBH. O sistema permite controlar a produção e distribuição de água e a otimização do abastecimento, uma vez que possibilita visualizar, em tempo real, o status dos equipamentos em campo, identificando se estão aberto ou fechado, ligado ou desligado e suas medições.

Situado na sede da Copasa, no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte, há mais de 20 anos, o COS em 2006, recebeu investimentos da ordem de R$ 52 milhões para implantação de um novo modelo de gestão informatizado, conhecido como Sistema 3T (Telemedição, Telecomando e Telesupervisão) que permitiu a redução em 34% o número de acidentes em adutoras.

O Sistema 3T permite, através de sensores instalados nos equipamentos das redes de água, a medição de grandezas elétricas e hidráulicas. Através dele, também é possível o acionamento à distância, como abrir e fechar válvulas, ligar e desligar bombas, agilizando dessa forma, a operação e a supervisão das principais unidades operacionais.

O 3T é integrado com um Sistema de Informações Geográficas – CopaGis e com o Sistema de Modelagem Hidráulica. O CopaGis é o sistema de cadastro de rede, que identifica a área a ser afetada quando ocorre manutenção ou paralisação do sistema de abastecimento, assim como as manobras necessárias para minimizar ao máximo os impactos do desabastecimento.

Já o Sistema de Modelagem Hidráulica é composto por softwares especializados, capazes de realizar simulações que reproduzem o comportamento real do sistema de abastecimento de água, através de informações armazenadas no banco de dados do sistema. Dessa forma, é possível realizar previsões a curto, médio e longo prazo, que auxiliam na melhor forma de operação do sistema, antecipando a resolução de problemas, além de possibilitarem a realização de estudos, planejamento e avaliação de investimentos.

Sistema Integrado Abastecimento de Água da RMBH
O Sistema Integrado de Abastecimento de Água, representa 90% da distribuição de água da RMBH, atendendo 19 municípios: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Nova Lima, Raposos, Sabará, Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Ibirité, Mateus Leme, Juatuba, Mário Campos, Sarzedo, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Igarapé, Vespasiano e Esmeraldas.

Este sistema é um complexo composto de captações, estações de tratamentos de água, reservatórios, estações elevatórias, boosters, adutoras, redes alimentadoras e outras unidades localizadas na bacia do rio  Paraopeba e do Rio das Velhas.

O sistema do Paraopeba é composto pelas barragens do Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores.  Os dois primeiros se integram no reservatório R-6, em Betim e, a partir dessa unidade, a água é bombeada até o Reservatório R-10, em Contagem, que também recebe a água da Várzea das Flores. O Rio Manso, também abastece diretamente as cidades de Mário Campos, Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Mateus Leme e Juatuba. Além disso, o Sistema Paraopeba também é integrado ao sistema Ibirité, por meio de  redes tronco alimentadoras provenientes do R-10.

Os sistemas Rio das Velhas e Morro Redondo compõem a Bacia do Rio das Velhas e são integrados através de redes tronco-alimentadoras e alguns reservatórios, que abastece diretamente as cidades de Nova Lima, Raposos, Sabará, Santa Luzia e parte de Belo Horizonte.

 

 

 

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