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Crise hídrica faz Alto Tietê economizar 20,3 bilhões de litros

De abril a novembro deste ano, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento de água em oito cidades da região e o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) registraram uma economia no consumo de 20,3 bilhões de litros de água em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o Semae, de abril até outubro o índice de economia ficou na média dos 10%, mas em novembro houve um aumento neste percentual. No comparativo entre novembro de 2013 e o mesmo mês de 2014, os mogianos consumiram 15% a menos de água. O volume médio de 900 litros por segundo consumido pelos mogianos caiu para 765 litros por segundo no comparativo entre os dois meses. Em 30 dias, o volume é equivalente a 2 bilhões de litros de água. Já a Sabesp informou que entre abril – quando teve início o programa de bônus por economia – a novembro, a redução no consumo chegou a 5,6 bilhões de litros de água.

Com a redução das chuvas, o Estado de São Paulo vive uma crise hídrica. No final de semana a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou que vai captar mais de 39,46 milhões de metros cúbicos de água de uma reserva da Represa de Ponte Nova, em Salesópolis, mas que não se trata de volume morto. Com o acréscimo, o nível do sistema subiu para 10,7% nesta segunda-feira (15), mas nesta terça está em 10,6%. Antes da contabilização desta reserva, no início da manhã de segunda, o nível do sistema disponível no site da companhia era de 3,6%.
Segundo o Semae, o consumo médio dos mogianos é de 900 litros por segundo. Desde abril, com as campanhas de conscientização realizadas pelo Semae, este volume vem registrando uma redução média mensal de 10%, ou seja, 90 litros por segundo. Para a autarquia, trata-se de um índice positivo e que demonstra a participação dos mogianos no esforço de economia de água, diante da crise hídrica.

A autarquia informou ainda que 60% dos consumidores da cidade utilizam a primeira faixa de consumo do Semae, de até 10 mil litros de água por mês e que tem valor de R$ 24,20. Como a cidade possui 125 mil ligações, cerca de 75 mil se enquadram nesta faixa. Tomando-se como base que cada residência possui uma média de 4 pessoas, pode-se afirmar que cerca de 300 mil pessoas enquadram-se nesta primeira faixa.

“Os cidadãos mogianos estão dando uma resposta positiva à campanha de estímulo à economia de água realizada pelo Semae. Mensalmente, notamos uma redução média de 10% no consumo. Isso mostra que a sociedade está consciente da necessidade de usar água com moderação, evitando desperdícios. Mas é fundamental que esta atitude se mantenha nos próximos meses, principalmente porque o verão ainda nem começou. Com a chegada dos dias mais quentes, teremos que intensificar estas ações”, explicou Marcus Melo, diretor-geral do Semae.

Segundo Melo, a autarquia já tomou medidas para garantir a economia nos próximos meses. “Da parte do Semae, aumentamos as equipes de rua e as modernizamos, com veículos novos, GPS e equipamentos de vanguarda. O objetivo é atender os pedidos de manutenção com a maior rapidez possível. Para isso, é fundamental que a população utilize o telefone 115 para nos informar sobre vazamentos e ocorrências em geral”, afirma.

De acordo com a Sabesp , nas cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Suzano e os bairros da divisa de Mogi das Cruzesatendidos pela companhia, a economia foi de 5,6 bilhões de litros de água no período. A Sabesp não informou, no entanto, o percentual que o volume representa em relação a período de consumo anterior ao programa de bônus.

Desde abril, 4,5 milhões de pessoas são abastecidas pelo Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat), que passou a atender também parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira. Implantado no início da década de 1970, o Sistema Alto Tietê, na Grande São Paulo, é formado por cinco reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), no limite dos municípios de Salesópolis e Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), no limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), no limite de Mogi e Suzano. A água do sistema é tratada na Estação de Taiaçupeba, em Suzano.

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