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Urbanitários invadem solenidade e protestam contra privatização da Agespisa

Durante a assinatura da ordem de serviço das obras da Ponte do Meio, Ponte Juscelino Kubtischek, pelo governador na manhã desta quinta-feira (3), cerca de 20 representantes do Sindicato dos Urbanitários do Piauí e servidores da Agespisa protestaram no local, contra o projeto de Parceria Público Privada que está sendo elaborado para o gerenciamento do Instituto de Águas. O grupo caminhou da Agespisa até a avenida Marechal Castelo Branco, onde estava acontecendo a solenidade, carregando faixas e proferindo palavras de ordem com mensagens contra a privatização.

Francisco Soares, vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, disse que o projeto representa sim uma privatização, porque na medida em que o governo contrata uma empresa para gerenciar os serviços do Estado, ele está assumindo um compromisso com uma entidade que visa o lucro e que não tem valor social, portanto não sendo benéfica para o Estado nem para a população. Disse também que a Agespisa é um órgão autossuficiente que tinha condições de prestar os serviços caso fossem feitos investimentos para tanto.

“Não concordamos com a PPP, porque em outras palavras ela quer dizer uma privatização. Já que a iniciativa privada vai administrar os serviços. Não vamos concordar com isso. Quem vai sofrer é a população, porque em outros Estados em que esse tipo de iniciativa foi feito, o órgão faliu”, argumentou o vice-presidente.

O governador Wellington Dias negou que o projeto de Parceria Público Privada que está sendo cogitado para o gerenciamento dos serviços do Instituto de Águas, criado pelo governo do Estado, seja um modelo de privatização. Ele disse que “tomou a coragem” de permitir a realização do projeto.

“Não há privatização, com a PPP o órgão passa a ser uma autarquia. Este é um projeto que interessa ao povo. Com a concessão à empresa, o governo vai gerenciar 90% dos serviços do Instituto, outra parte fica com a Prefeitura, outra com os servidores e apenas uma pequena parcela fica a cargo da empresa, com todos os seus direitos assegurados a cada um. Será um trabalho aplicado pela empresa e pago com resultados em serviços disponibilizados a população e que vai gerar receitas para o Estado e para a parceria privada. O que não pode é a Agespida, com um dívida de mais de R$ 1,1 bihlhão ficar sem poder realizar projetos e investimentos e os serviços não melhorarem”, observou o governador.

Os manifestantes acreditam que a prestação dos serviços pela PPP implicará, obrigatoriamente, em aumento de tarifa

 

Reportagem e Agradecimentos:

Lyza Freitas
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