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Corte no orçamento será entre R$ 70 e 80 bi, afirma Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (18), após uma reunião no Palácio do Planalto com o vice-presidente Michel Temer e líderes no Congresso, que o corte no Orçamento da União de 2015 ficará na faixa entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.

Levy afirmou que o valor exato dependerá das votações no Congresso das medidas provisórias do ajuste fiscal, cujo objetivo principal é reequilibrar as finanças públicas. Nesta terça-feira (19), o Senado deverá começar a votar a MP que restringe o acesso ao seguro-desemprego, já aprovada pela Câmara.

“Nós estamos examinando. A gente ainda não sabe qual vai ser o resultado do Congresso. Então, estamos aguardando e avaliando as diferentes opções”, declarou.
Segundo ele, o valor será “o necessário” para cumprir a meta de superávit primário (economia do governo destinada a pagamento dos juros da dívida pública). A meta estipulada pela equipe econômica é de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Questionado por jornalistas se o valor do corte orçamentário será de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, Levy respondeu inicialmente que essas cifras eram “especulações”. Mas em seguida afirmou que “na ordem de grandeza, o corte vai estar nessa faixa”.

O Orçamento deste ano prevê receita líquida de R$ 1,2 trilhão (21,9% do PIB) e as despesas primárias totais – sem contar gastos com juros e amortização da dívida – são de R$ 1,1 trilhão (20,9% do PIB).

O valor do corte no Orçamento deverá ser anunciado na quinta-feira, informou o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE). No dia seguinte, informou Pimentel, o decreto de programação orçamentária será publicado no “Diário Oficial da União”.

Após reunir neste domingo (17) ministros no Palácio da Alvorada para tratar dos cortes, Dilma comandou novo encontro na manhã desta segunda, desta vez no Palácio do Planalto, para definir o tamanho dos cortes.
Segundo o Blog da Cristiana Lôbo, a reunião deste fim de semana evidenciou o embate entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em torno do tamanho dos cortes. Levy se esforça para ampliar ao máximo o corte, e Mercadante tenta reduzir o contingenciamento.

 

 

Fonte: G1

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