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“Há uma crise mundial de água”, diz o procurador Eduardo Oliveira

O Ministério Público Federal (MPF) lançou na manhã desta quarta-feira (29 de outubro), a campanha nacional “No fluxo da vida, cada gota conta”, em defesa do rio Paraíba do Sul. O evento aconteceu na Escola Municipal Pequeno Jornaleiro, no centro de Campos, e reuniu cerca de 100 alunos, pais, professores e secretários de meio ambiente.
A abertura se deu com uma palestra do procurador da República, Eduardo Santos Oliveira, idealizador da campanha, e do diretor da escola, Roberto Zofolli. De acordo com Eduardo, o principal objetivo da campanha é mudar a crença da sociedade de que a água é um bem renovável e todas as crises são momentâneas.
“Espera-se contribuir com o uso comedido de água. Temos que compreender a necessidade da preservação. O evento exige a participação de todos para que entendamos que há uma crise mundial de água que consiste na escassez, na poluição dos rios, na dificuldade de abastecimento. Há uma grande dificuldade do governo de reconhecer a existência dessa crise. Temos que enfrentá-la e nos conscientizar para mudar nossa crença sobre água. A mata que protege o rio está destruída. Se tratarmos a água como um bem econômico, nós perderemos”, explicou o procurador.
Após a palestra, os participantes puderam assistir a uma aula com a professora de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Marina Satika Suzuki, que foi convidada pelo Ministério Público. Na apresentação, Marina mostrou o quanto é gasto com água na produção de cada alimento que a população consome.
O MPF irá lançar a campanha em escolas de São João da Barra, São Fidélis e todas as cidades banhadas pelo rio Paraíba. “Depois vamos também para o Rio de Janeiro e São Paulo, pois não tem município a salvo. O objetivo é montar a ideia de que temos um sistema hidrográfico que extrapola as barreiras regionais. O problema do assoreamento é nacional”, ressaltou Eduardo.
Na escola Pequeno Jornaleiro, foram expostas fotos sobre o Paraíba do Sul, mostrando a atual situação em comparação com outros períodos menos severos de seca. Estudantes, pais, familiares, funcionários da escola e moradores do bairro participaram do evento. “A sociedade precisa dar valor a água e conservá-la para melhorar o futuro das crianças”, disse Ailza Rangel, mãe da aluna Taiza, de 10 anos.

 

O procurador da República frisou que é uma campanha pela educação, para todos que dependem da água para viver. “Vamos tomar várias medidas, mas a gente espera que os pais sejam multiplicadores dos conhecimentos. A água é um direito fundamental” disse.

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