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Interligação que garantirá alívio ao Cantareira fica para abril

A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado confirmou para abril do ano que vem a entrega da Interligação Jaguari-Atibainha, que ligará as bacias do Cantareira e do Vale do Paraíba, permitindo a “troca” de água entre elas conforme a demanda. Essa obra deve render uma vazão de 5,13 metros cúbicos por segundo, que será integrada à renovação da outorga do Sistema Cantareira, prevista para o fim de maio de 2017.

Apesar desse aumento na oferta de água, a proposta da ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Estado, até agora, atendem somente parcialmente ao pedido do Consórcio das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

De acordo com informações da pasta, a obra permitirá bombear água de um lado para o outro (e vice-versa), aumentando a segurança hídrica das duas regiões. Ela é realizada em Santa Isabel, Nazaré Paulista e Igaratá e consiste em uma captação de água na represa Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, e a transferência de vazões para a represa Atibainha, do Sistema Cantareira.

O sistema permitirá também a transferência de vazão inversa, da represa Atibainha para a represa do Jaguari. Desta forma, ocorre a recuperação da reservação e o aumento dos níveis de garantia do Sistema Cantareira para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, e das Bacias PCJ. O investimento é de R$ 555 milhões.

No mês passado, o presidente da ANA, Vicente Andreu, disse ao LIBERAL que a interligação, e outras medidas, possibilitariam o atendimento das demandas do PCJ. No entanto, na proposta da ANA, o pedido de 10 metros cúbicos por segundo é atendido somente nos meses secos, e não o ano todo.

Os entes envolvidos no Sistema Cantareira, a ANA e o DAEE se reuniram na última sexta-feira para discutir a proposta apresentada pelos gestores. Agora, os dois órgãos receberão sugestões sobre a proposta até esta quarta-feira e no dia 31 de outubro liberarão o documento para consulta pública. Nos dias 1° e 2 de dezembro acontecerão as audiências públicas da proposta guia, em São Paulo e Campinas, respectivamente. Pela proposta, as Bacias PCJ terão direito a uma vazão média de 10 m³/s apenas durante o período seco, entre os meses de junho e novembro.

Para o secretário-executivo do Consórcio, Francisco Lahóz, é necessário que essa
vazão seja para o ano todo, já que, diante de eventos climáticos extremos, é difícil prever qual será a necessidade de água.

Em meio às negociações de renovação da Outorga do Sistema Cantareira, a construção das represas de Pedreira e Amparo, que são duas das alternativas que renderiam à região das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) mais água, independência e segurança hídrica, ainda aguardam a abertura de licitação.

Fonte: O Liberal

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