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Oferta de água por habitante diminui anualmente, SP e MG têm queda de 26%, aponta PCJ

A oferta de água por habitantes nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) caiu 26,7% em 18 anos. A disponibilidade diminuiu de 408 para 298,79 m³ por pessoa anualmente, segundo a atualização de um estudo divulgada pelo consórcio do PCJ nesta quinta-feira (23). O índice é comparável ao do Oriente Médio, caracterizado por regiões desérticas.

O rio Atibaia, responsável pelo abastecimento de 95% de Campinas (SP), integra a bacia do Piracicaba. Baseada em informações da Organização das Nações Unidas (ONU), a entidade aponta que a situação em 72 cidades do interior de São Paulo e quatro de Minas Gerais é considerada de stress hídrico.

Aumento populacional

No intervalo entre 1996 e 2014, a população aumentou de 3,8 para 5,2 milhões nas 76 cidades e, de acordo com o consórcio, a situação só não é mais crítica porque houve redução da demanda no setor industrial e agrícola.
A demanda industrial reduziu 55%, de 16,72 para 7,55 m³/s, enquanto para irrigação caiu 66%, de 5,47 para 1,87 m³/s. Por causa do aumento populacional no período, o consumo no abastecimento público cresceu 47%, de 8,46 para 12,46 m³/s.

Explicação

Para o consórcio, a diminuição nas demandas industrial e rural pode ser explicada, parcialmente, pela consolidação do sistema de gerenciamento dos recursos hídricos e a implantação da cobrança pelo uso da água.
Segundo o PCJ, o estudo usado como base, e que foi atualizado, foi realizado em 1996 pelo professor da PUC-Campinas e técnico da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), Armando Gallo.

Na avaliação do consórcio, há a necessidade de agilizar a construção dos reservatórios nas cidades de Amparo (SP) e Pedreira (SP), que incrementarão as vazões na região de no mínimo 7 m³/s, além do reservatório em Salto (SP), que, segundo o PCJ, atenderá a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos.

 

 

Fonte: G1

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