saneamento basico

Rio Grande abastecerá Capital

O Sistema Rio Grande, braço da Represa Billings que atende São Bernardo, Diadema e parte de Santo André, passará a abastecer a Zona Sul da Capital a partir do mês que vem. Cerca de 500 litros de água por segundo serão enviados para 250 mil pessoas dos bairros Americanópolis e Pedreira por meio de adutora que está sendo construída pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

As regiões, próximas à divisa com Diadema, são servidas hoje pelo Sistema Guarapiranga, que ontem chegou a 63% do nível armazenado. Com a manobra, a água excedente desse reservatório será enviada para bairros atendidos pelo Cantareira. O reservatório é o mais afetado pela crise hídrica no Estado e ontem permaneceu com 11,7%, já considerando duas cotas do volume morto. O Rio Grande é o manancial da Região Metropolitana com situação mais tranquila: 85,4% do total. Mesmo assim, houve queda de 0,3% no índice de terça para quarta-feira.

Apesar do aumento na retirada de água, o superintendente da unidade de negócio Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, garante que não haverá prejuízo no abastecimento à população do Grande ABC. “O Rio Grande faz parte do reservatório Billings, que é maior que o Cantareira. Isso faz parte de um plano integrado de transferência.”

Desde o começo da crise hídrica, outros remanejamentos já foram feitos. Santo André, por exemplo, hoje recebe mais água do Sistema Rio Grande, diminuindo a dependência dos sistemas Alto Tietê e Rio Claro. O Cantareira, que hoje abastece cerca de 6 milhões de pessoas, atendia a mais de 8 milhões de habitantes antes de a escassez se agravar na Grande São Paulo.

Em relação ao projeto para transferência de 4.000 litros de água por segundo do Rio Grande para o Alto Tietê, o superintendente diz que a construção de adutora – saindo de Rio Grande da Serra – deverá começar nos próximos dias. “Essa obra vai acabar no primeiro semestre de 2015. Todo planejamento está para isso. Já obtivemos todas as licenças que precisávamos para fazer”, assegura Souza. Em janeiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que, caso as obras emergenciais ficassem prontas até junho, seria possível evitar a implantação de rodízio de abastecimento na Grande São Paulo.

POLUIÇÃO
Tavares de Souza assegura que a poluição da Billings não gera problemas à saúde. “Precisa de tratamento, assim como qualquer água de represas urbanas, que têm uma característica diferente de um sistema que é totalmente amparado por vegetação – caso do Cantareira e do Alto Cotia.” O superintendente salienta que, há 58 anos, moradores de São Bernardo, Diadema e Santo André já consomem esse recurso. Além disso, desde 2001, 25% do que é produzido pela ETA (Estação de Tratamento de Água) do Guarapiranga vem da Billings.

Diadema deverá acabar com ligações irregulares em um ano
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) irá demorar um ano para regularizar as 1.500 ligações irregulares de água em Diadema. Ontem, o superintendente da unidade de negócio Sul da empresa, Roberval Tavares de Souza, e o prefeito Lauro Michels (PV) anunciaram o início das obras para regularização em 180 imóveis do loteamento Iguassú, no bairro Eldorado. O serviço deve ser concluído em seis meses.

“Abrir a torneira e sair água boa é saúde, é qualidade de vida, é dignidade”, afirmou o prefeito. Também serão feitas obras semelhantes em núcleos como Caviúna e Santa Fé, além do Sítio Joaninha, que já está em andamento. Conforme os serviços forem avançando, a Sabesp distribuirá caixas-d’água de 500 litros para famílias com renda inferior a três salários mínimos que não tenham o equipamento.

Fonte: Yahoo Notícias

Últimas Notícias: