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Segundo dados da Sabesp: Baixada Santista tem redução de 8,9% no consumo de água

Embora as torneiras não tenham secado na Baixada Santista, as cidades tiveram redução de 8,9% no consumo de água no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. Os dados são da Sabesp.

As noves cidades deixaram de gastar mais de 3 trilhões de litros de água, de acordo com a concessionária. Para se ter uma ideia, a quantidade seria suficiente para abastecer toda a população fixa da região, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1,7 milhão de habitantes, por 11 dias, levando em conta o consumo per capita de 150 litros diários.

Alguns municípios chamam a atenção por seu índices, como é o caso de Mongaguá. Em março de 2015, a contenção foi de quase 20% comparando com o ano anterior. Praia Grande, também: reduziu em 14,8% o seu consumo em relação ao ano passado.

Bertioga, que em janeiro aumentou 0,5%, conseguiu alcançar 11,1% de diminuição em março deste ano. Até mesmo em meses com crescimento populacional, como é o caso de janeiro e fevereiro, é possível observar um consumo menor (veja quadro ao lado).

De acordo com a Sabesp, mesmo se tratando de meses quentes de alta concentração de turistas na região (cerca de 2 milhões a mais de pessoas), todos os municípios obtiveram redução de demanda hídrica.

Ações individuais

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A companhia aponta que a população vem fazendo sua parte. Ações individuais de economia já fazem parte do dia a dia da população. Uma interatividade no Facebook do Jornal A Tribuna mostrou ações adotadas pelos leitores.

Magno Rosendo, de Praia Grande, explica que usa um método simples para economizar. “Coleto a água do ar-condicionado em um galão de 100 litros. Em uma semana, ele fica cheio e eu lavo o carro e a calcada. É muito bom: evita o desperdício e economiza água”,

Luciana Nunes Ribeiro, de Santos, usou a criatividade para poupar o recurso: utiliza a água do banho da filha para jogar na descarga, lavar o quintal ou ate mesmo o banheiro. E, na hora de lavar a louça, também economiza: “Ensaboo e enxáguo tudo de uma única vez”.

Andreia Santos Souza sentiu no bolso a diferença do seus hábitos. “Minha última conta veio R$ 37,00, sendo que no mesmo período do ano anterior eu paguei em torno de R$ 60,00”. A economia veio com a redução no tempo do banho e o reúso da água da máquina. E planeja mais: “Colocar redutores de volume de água nas torneiras”.

Luana Ribeiro e Symone Brasil também estão agindo pensando na preservação de recursos hídricos. “Faço o de sempre: banhos rápidos, ensaboar toda a louça e depois enxaguar. Também diminuí a intensidade da descarga”, diz Luana.

Agência analisa aumento

No último dia 6, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) recebeu da Sabesp solicitação de Revisão Tarifária Extraordinária, que visa preservar o equilíbrio econômico-financeiro da empresa concessionária. Esta modalidade de revisão está prevista em legislações, nos contratos de concessão e ainda em uma Nota Técnica de 2012.

Segundo a agência, as informações recebidas estão sob análise e uma vez comprovada a pertinência do pleito, e o risco ao equilíbrio econômico-financeiro, serão realizados os cálculos para definir novos níveis até o final do ciclo tarifário (2017).

Para o aumento ocorrer, o processo leva em conta nove etapas, entre elas, solicitação de dados e informações complementares, elaboração de Nota Técnica a ser levada à Consulta Pública, abertura de Consulta Pública, com prazo de 15 dias para receber manifestações e entrega das contribuições, e até mesmo audiência pública. As novas tarifas são aplicáveis 30 dias após a publicação da deliberação. O último reajuste aconteceu em dezembro e foi de 6,49%.

Fonte: A Tribuna

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