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Sistema Alto Tietê atinge volume de 23%

Após superar a média histórica de chuvas para o mês de março, o nível do Sistema Alto Tietê teve um pequeno aumento nesta terça-feira (24). De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o índice chegou a 23% de sua capacidade – o que representa um aumento de 0,1% se comparado com o volume desta segunda-feira (23). A pluviometria do dia ficou em apenas 0,2 mm.

A situação era melhor em 2014. Na mesma data do ano passado os reservatórios estavam em 37,8% da sua capacidade e a pluviometria acumulada do mês estava em 146 mm. A pluviometria do mês de 2015 está em 179 mm, 3,8% a mais do que a média histórica, que é de 172,4 mm.

A elevação dos últimos meses não ocorreu apenas por causa da chuva. Obras foram feitas para aumentar a captação do Córrego Guaratuba. Além disso, no dia 14 de dezembro a Sabesp adicionou ao volume 39,46 bilhões de litros do que chamou de “reserva extra”.

Em janeiro deste ano, o volume de chuvas foi 58,7% menor do que a média histórica. Já o mês de fevereiro terminou com pluviometria 58,3% maior do que o esperado.

Em reunião com prefeitos do Alto Tietê no dia 2 de março, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, alertou que a perspectiva é de um trimestre seco. “O período de março, abril e maio será relativamente seco. Não há boas perspectivas climatológicas para esse trimestre. Essa generosidade de chuvas em fevereiro não deve se repetir.”
A crise hídrica afeta agricultores do Alto Tietê, que faz parte do cinturão verde do Estado. Muitos reduziram áreas de cultivo. As hortaliças ficaram mais caras. O secretário estadual de Agricultura, Arnaldo Jardim, afirmou que o mês de março será decisivo para que o governo elabore medidas direcionadas à área da agricultura e que servirão para o restante do ano. “Março decidirá. Aquilo que será a reservação do que se consegue fazer, particularmente na Cantareira e Alto Tietê. Março ditará o nosso planejamento para o ano todo”, diz.

Medidas

Além da chuva que se intensificou em fevereiro, o Sistema Alto Tietê começou a receber 1000 litros por segundo do Rio Guaratuba, na Serra do Mar, no final de janeiro. A Sabesp iniciou no dia 14 de fevereiro obras para que o sistema também receba 1000 litros por segundo do Rio Guaió, que passa por Suzano e terá a água levada para a Represa de Taiaçupeba.

Uma lista com bairros do Alto Tietê que têm sofrido os efeitos da redução da pressão da água foi divulgada pela Sabesp.

Sistema Alto Tietê

O Sistema AltoTietê abastece 4,5 milhões de habitantes da Grande São Paulo e parte da capital. Desde dezembro de 2013, fornece água também a moradores que antes eram atendidos pelo Cantareira.

Em dezembro de 2013, a água produzida na região passou a atender parte da população que antes era abastecida pelo Sistema Cantareira, mas a medida foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin apenas em março de 2014.

Implantado no início da década de 1970, o sistema é formado por cinco reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), no limite dos municípios de Salesópolis e Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), no limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), no limite de Mogi e Suzano. A água do sistema é tratada na Estação de Taiaçupeba, em Suzano.
Fonte: G1

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