saneamento basico

Brasil investe pouco na proteção dos mares e saneamento básico

Apesar da melhora considerável nos últimos cinco anos, com redução de 80% na emissão de CO2, o Brasil não consegue manter o mesmo patamar de investimento na qualidade e preservação das águas e da fauna. O bioma marinho é o que menos recebe atenção, assim como a proteção dos mares, com apenas 2% de cobertura.

No país, 87% do lixo encontrado no Oceano Atlântico vêm do território costeiro, que reúne o habitat marinho mais vulnerável, causando impactos diretos a 267 espécies, como tartarugas e golfinhos, que morrem ao ingerir resíduos plásticos ao confundi-los com algas.

Já no saneamento básico, o Brasil amarga a 112ª posição num ranking de 120 países, de acordo com estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro pelo Desenvolvimento Sustentável. O relatório mostra que apenas 37,5% de todo o esgoto gerado pelo país recebe algum tipo de tratamento.

Desde 2000, o investimento para a expansão do setor sofreu redução de 4,6% para 4,1% ao ano. Outro problema é a alta utilização de pesticidas, substância a qual o Brasil é o campeão de uso na agricultura, fator que também causa impactos ao ecossistema marinho.

Entre as soluções indicadas pelo Banco Mundial, está o uso de políticas mais racionais para a preservação e reuso das águas, como a transformação do esgoto em água para atividades industriais, como o que já é feito no Polo Petroquímico do ABC, em São Paulo, que gera uma economia de água potável equivalente ao consumo de 500 mil habitantes.

O Rio Tietê, outro destaque do Banco Mundial, possui atualmente nível zero de CO2 no trecho entre Suzano e São Paulo, devido ao despejo direto de esgoto doméstico e empresarial, comprometendo o potencial de reuso. O órgão também afirma que o Brasil investe hoje 36% dos recursos do tratamento das águas para a manutenção de vazamentos.

Fonte : http://www.bocainaonline.com.br/noticias-brasil-investe-pouco-na-protecao-dos-mares-e-saneamento.html

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