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Saneamento de Rio Preto melhora, mas perde muita água

De um lado, uma cidade que manda para o ralo, em um ano, 39 mil metros cúbicos de água – o equivalente a 3,9 mil reservatórios residenciais de mil litros – que se perdem em uma rede de distribuição antiga. De outro, uma cidade que expõe números invejáveis de saneamento básico. Elas, na verdade são uma só, Rio Preto, e a ponte entre as duas são os dados de uma pesquisa nacional sobre saneamento básico. Segundo estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, o município subiu nove posições no ranking das 100 maiores cidades do país na coleta e tratamento de esgoto e distribuição de água tratada.

De acordo com a pesquisa, Rio Preto, que no ranking anterior aparecia na 24ª posição, está atualmente em 15º lugar e foi o que mais evoluiu na lista. E no Estado é o oitavo mais bem posicionado. O Trata Brasil faz um diagnóstico dos principais indicadores de saneamento básico com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades. Os números apresentados este ano são referentes a 2012. O desperdício de água na rede, que era de 33% no estudo anterior, agora diminuiu para 26%. Este é um dos principais fatores que levaram a cidade a subir no ranking. Outro destaque é o aumento do investimento na distribuição de água e tratamento de esgoto.

No estudo anterior, Rio Preto investiu R$ 14 milhões em saneamento. Neste ano, R$ 28 milhões no ano. “Estamos sempre investindo em melhorias no sistema de distribuição e abastecimento de água na cidade ”, afirma a superintendente do Semae, Ivani Vaz de Lima, que destaca ainda o aumento na percentagem do esgoto tratado. No estudo anterior, 89,9% dos habitantes eram atendidos com a coleta de esgoto. Esse número cresceu para 93,3% da população.

Conforme Ivani, para diminuir as perdas no abastecimento é necessário investir na automação de todo o sistema, desde a captação até a distribuição. “Hoje, apenas alguns pontos são automatizados, mas nossa intenção para 2015 ou 2016 é implantar essa tecnologia em tudo. Dessa forma detectaremos com muito mais rapidez os pontos de perda. Sabemos que é impossível zerar, mas estamos buscando conhecimentos com outros países para realizar essas melhorias”, explica a superintendente.

Ela conta que o governo israelense convidou engenheiros do Semae para conhecer o sistema de distribuição daquele país, que vive sérios conflitos, inclusive por falta d’água. “Só não fomos ainda para Israel porque eles estão em conflito e seria muito perigoso. Assim que as coisas melhorarem por lá, nós vamos conhecer a tecnologia que eles usam e verificar as possibilidades de trazer para Rio Preto.”

Desperdício

Um dos desafios da autarquia é combater a perda de água limpa e tratada que não chega até o ponto final de consumo. Em 2012, por exemplo, foram distribuídos 150 mil metros cúbicos de água por dia para para as torneiras rio-pretenses, mas 39 mil metros cúbicos – o equivalente a 3,9 mil caixas-d’água residenciais de mil litros – foram para o ralo. O principal problema, segundo a autarquia, é a rede de distribuição antiga e, por isso, sujeita a vazamentos. O Semae utiliza aparelhos chamados geofones, que conseguem identificar vazamentos na tubulação. Além disso, faz fiscalizações para reprimir ligações clandestinas.

 

 

 

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