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Sabesp amplia para 44% tratamento de esgoto em Diadema

Após a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) reassumir, em 31 de março do ano passado, a operação de água e esgoto em Diadema, moradores do município comemoram a melhora nos serviços de saneamento básico. Nos 18 meses de operação na cidade, a companhia conseguiu ampliar em 29% o número de casas que têm o esgoto enviado para tratamento. Durante o período, o volume tratado passou de 15% para 44%, o que representa aumento de 42 mil imóveis ligados na rede.

Além da ampliação do serviço de tratamento de esgoto, a retomada da parceria entre Prefeitura e Sabesp ocasionou a garantia do fornecimento de água para famílias que antes dependiam de caminhões-pipa. De lá para cá, a companhia realizou 7.600 novas ligações de registros em Diadema, o que representa aproximadamente 21 mil pessoas beneficiadas.

Para o gerente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, os avanços nos serviços de saneamento básico no município evidenciam o resultado positivo do convênio firmado no ano passado. “Está sendo muito interessante o nosso retorno em Diadema (última passagem pela cidade havia ocorrido há 20 anos). Estamos conseguindo levar para bairros carentes abastecimento e tratamento de esgoto, antes inexistente nesses núcleos. Nossa meta é que até 2020 todo o território seja contemplado por ambos os serviços.”

Os resultados alcançados nesse período de convênio só foram possíveis após série de obras na cidade. Em fevereiro deste ano, por exemplo, foi concluído conjunto de ações para melhorar o abastecimento e reduzir perdas. Entre os benefícios estavam a construção da adutora Nações Real, que interliga os reservatórios do Jardim das Nações e do Parque Real, beneficiando principalmente bairros mais altos, como as vilas São Vicente, Conceição, Santa Cecília e os jardins Inamar, Eldorado e Ruyce.

A grande vantagem dessa adutora é que, até então, 75% do município era abastecido por bombeamento, que requer energia e alta pressão, o que trazia maior risco de rompimentos de tubulação, além do custo de eletricidade. Com a entrega da adutora, a cidade agora é abastecida por gravidade, garantindo maior eficiência, menor risco de interrupção no fornecimento e diminuição de perdas de água.

Segundo o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), comunidades carentes foram as principais beneficiadas pela retomada da parceria. “Desde o ano passado, quando firmamos o convênio, a Prefeitura conseguiu levar água para moradores dos núcleos Sítio Joaninha, Iguassú e Caviúna. Há muitos anos eles sofriam com os sistemas irregulares. Se não fosse o empenho da nossa gestão em conseguir a licença ambiental junto à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e o trabalho da Sabesp, nada disso teria sido possível.”

Moradora do Sítio Joaninha há 20 anos, a aposentada Erotilde Aparecida Carvalho, 63 anos, afirma ter sido muito importante a entrada da Sabesp no município. “Aqui sempre faltava água. Desde janeiro, quando fizeram a instalação do relógio, nunca mais tivemos esse problema.”

A comerciante Shirlei Carvalho, 31, também comemora as mudanças. “Antes dependíamos do caminhão-pipa toda semana. Agora temos água de qualidade.”

 Prefeitura planeja ampliar parceria com empresa ainda neste ano

Segundo o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), a expectativa é que nos próximos meses o acordo entre Prefeitura e Sabesp seja ampliado. “Nossa intenção é firmar uma parceria para manutenção de parques”, afirma o chefe do Executivo, que ainda comentou os detalhes finais para o fechamento da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema), antiga responsável pelos serviços de saneamento básico no município. “No fim de outubro acredito que vamos conseguir concluir a extinção da autarquia.”

Quando assumiu a Prefeitura, Michels herdou dívida de R$ 1,2 bilhão da Saned com a Sabesp, prestes a ser executada – ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) seria sequestrado, diretamente da fonte, para pagamento do valor. Sem saída, o chefe do Executivo vendeu a autarquia municipal, criada nos anos 1990 pelo PT, à companhia estadual. Diadema ainda aguarda, para o início de 2016, o pagamento de R$ 25 milhões pelo rompimento do contrato.

Fonte: Diário do Grande ABC

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