Reservatório de águas são lugares preparados para armazenamento, acúmulo e represamento hídrico para fins específicos. Também podem ser conhecidos pelos nomes de açude, represa ou barragem. É uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água. Outros nomes incomuns: comporta, dique ou eclusa, variando o estilo de construção de acordo com a necessidade regional.
Sua construção apresenta aspectos positivos. Um dos mais importantes é acumulação de águas para atender o abastecimento de uma população, minimizando os problemas de escassez. Temos o exemplo da cidade de São Paulo que tem um conjunto de 6 represas e dá-se o nome de sistema Cantareira. Tem-se outras, tais como: Represa Billings e Guarapiranga.
Ainda dentro deste contexto de positivo e prioritário, não se pode esquecer que reservatórios servem para geração de energia elétrica (usa-se o termo hidroelétrica ou simplesmente hidrelétrica). Para se ter uma ideia estão atualmente em operação ou em construção inúmeras represas hidrelétricas na Amazônia.
Associa-se ao fato de que os reservatórios fornecem águas para irrigação de terras agricultáveis. Tal necessidade, que este setor, o agrícola, é o maior consumidor hídrico no Brasil e no mundo, sem contar o abastecimento de águas para dessedentar animais no setor pecuário e o desenvolvimento da aquicultura para produção de peixes.
A construção de reservatórios e sua existência tem importância na geração de empregos para a região onde ele está inserido. Olhando-se por outro lado, o represamento, facilitará escoar produtos via navegação, as hidrovias. Acrescenta-se como ponto positivo, a implementação de projetos recreativos e de turismo. Lembre-se que ele também está associado ao controle de cheias, enxurradas, inundações que se promovem com a vazante do mar.
Enfim, as represas de armazenamento de águas têm como finalidade alterar a distribuição e a periodicidade natural da vazão dos rios, mas como nem tudo é perfeito, existem aspectos negativos que acompanham estas construções.
Dentre os aspectos negativos inclui-se impactos biológicos, climáticos, agrícolas, sócio culturais e econômicos nos territórios e locais adjacentes, podendo-se enumerar alguns, tais como a destruição de florestas e habitats selvagens, incluindo desaparecimento de espécies, redução da biodiversidade aquática e terrestre, interferência na migração de peixes e na fauna do rio.
Afeta na característica de rios, brejos, estuários, planícies aluviais. Impacta na qualidade da água, podendo expor residentes locais a níveis inseguros de toxicidade. Altera cursos naturais de inundações. Realoca populações ribeirinhas acostumadas e aculturadas ao local, trazendo perdas de heranças históricas e usos tradicionais da terra. Inunda terras agricultáveis nas cercanias.
Relaciona-se aos aspectos negativos das construções de reservatórios a deterioração ambiental, problemas geofísicos interferindo na saúde pública, com possibilidades de intensificação da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica.
Nos reservatórios, ao longo do tempo, sedimentos irão se depositando gradativamente, o que diminuirá a capacidade de armazenamento. Conjuga-se a este fenômeno, a perda de água por evaporação através do espelho d’água que modifica a qualidade físico-química. Adunando-se ao acúmulo de compósitos orgânicos, pode-se ter mudanças das espécies de peixes e plantas que habitam nestes locais.
Assim, é necessário um estudo minucioso sobre os impactos ambientais relacionando os pontos negativos e positivos em uma balança. Destes resultados escolhe-se uma alternativa encontrando-se um equilíbrio necessário para a construção de reservatórios para o aprovisionamento de águas.
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